Técnicos do Departamento de Áreas Contaminadas da CETESB encontram-se na Península Antártica, auxiliando o governo brasileiro nos trabalhos de desmonte dos escombros da Estação Comandante Ferraz, destruída por um incêndio há cerca de um ano. Pelo Tratado Antártico, o Brasil não pode deixar nenhum tipo de estrutura ou resíduo do incêndio no continente, para não gerar nenhum tipo de contaminação ambiental.

O geólogo Elton Gloeden, gerente do Departamento – que está na Antártica junto com o técnico Paulo Henrique, do Setor de Avaliação e Auditoria de Áreas Contaminadas da CETESB -, foi entrevistado no final de semana pelo jornal O Globo (edição 18/02, pág 26), quando falou da participação da agência paulista nos trabalhos de remoção dos resíduos.

“ Estamos trabalhando em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente para a coleta de amostras de solo e de água subterrânea justamente para verificar impactos e possíveis contaminações”, explicou. A maior preocupação dos especialistas, relata a reportagem, é com a hipótese de ter havido um vazamento maior, que alcance as águas subterrâneas da região, contaminando o mar.

“Há várias técnicas de biorremediação que podemos usar, mas, em primeiro lugar, precisamos estabelecer o grau de contaminação, o tipo de contaminante e o meio”, disse Gloeden. O objetivo dos trabalhos é que o manejo do combustível, o desmonte das estruturas queimadas e a montagem dos módulos emergenciais sejam feitos com o menor impacto possível.

Já foram recolhidas 650 toneladas de aço de um total de 800, resultante do desmonte da estação. Os destroços estão sendo embarcados num navio cargueiro para o Brasil. Os técnicos da CETESB trabalham em parceria com os técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

Fonte: Cetesb – 18/02/2013